segunda-feira, 27 de maio de 2013

CAVALGADA DE 270 KM - LAGES À PESCARIA BRAVA, DESCENDO A SERRA DO CORVO BRANCO





Chegamos domingo (26.05.2013) da Cavalgada pelo Picadão da Serra. Saímos da sede do MTG em Lages, até a nova cidade de Pescaria Brava, no CTC do Tio Preto, num percurso de aproximadamente  270 km. Foram 8 dias. Saímos de Lages, passamos por Painel, Urupema, Rio Rufino, Urubici, Grão Pará, São Ludgero, Tubarão e Pescaria Brava. Andamos uma média de 35 km por dia.  O grupo saiu com 45 cavaleiros e mais aproximadamente 25 pessoas nos veículos de apoio.  Em todas as cidades fomos recebidos pelos prefeitos, vices, vereadores e autoridades locais. Discursos e saudações.  Distribuímos e recebemos folders e materiais publicitários das nossas e destas cidades. Fiquei impressionado com as belezas naturais da Serra do Corvo Branco, que já conhecia, mas descendo a cavalo ví paisagens que me extasiaram. Os campos, os rios, as cascatas que congelam, os banhados, as trilhas, as grutas,  as fazendas, os rebanhos bovinos, as carucacas, as gralhas azuis e a fauna agreste que alarmava nossa passagem por seus habitat,  associado as paradas para  colher os pinhões que despencavam das imensas e preservadas araucárias, aliadas às plantações de maçãs,  foram inebriantes. A sensação do frio com temperaturas próximas de zero graus que tivemos que enfrentar levantando de madrugada com os palas cobrindo até as ancas dos cavalos para sairmos troteando campo-a-fora, eram logo espantadas pelo calor dos primeiros raios e, principalmente, pelas animadas conversas e solidariedade dos companheiros oriundos das mais variadas cidades de SC e do RS, o que foi outro destaque. Mais uma vez, no lombo do meu Baio revi amigos, consolidei amizades antigas  e abriu-se um leque de novas e sinceras amizades que pretendo cultiva-lás. Comerciantes, industriais, profissionais liberais, juizes, peões, funcionários públicos e pecuaristas -  logo todos se despiram de seus cargos e irmanaram-se, demonstrando  o companheirismo e a humildades que norteiam o comportamento que é típico de quem anda a cavalo, respeita a natureza e cultua nossas origens. Destaque especial para os homens e a as mulheres do apoio, que a cada chegada da cavalaria nos acampamentos nos recebiam com festa, como se estivéssemos voltando vitoriosos de uma batalha campal. Depois de alimentar os animais, já noite, os churrascos, as músicas e as trovas. Onde quer que pernoitamos,  sempre havia alguém com uma gaita ou um violão. Finalmente a recepção do Prefeito e vereadores junto ao Poço Grande do Rio Tubarão, onde historicamente os tropeiros lageanos e os canoeiros de Laguna fundaram a hoje pujante cidade de Tubarão, pois ali  se encontravam para praticarem o escambo, trocando tecidos, louças,  sal, pólvora, armas, cutelaria e outros artefatos importados pelos frutos de seu trabalho na Serra, tais como pinhão, banha, sebo, couros, charque, selaria e também rebanhos bovinos, ovinos, muares e eqüinos, o que foi encenado sob o patrocínio da Prefeitura e da Ordem dos Cavaleiros de SC, com intenção de reverenciarem a memória dos primeiros habitantes da cidade e comemorarem mais um aniversário de fundação de Tubarão,  simbolismo este que emocionou quem das barrancas do Rio Tubarão assistiu a encenação. A noite, já no CTG do Tio Preto, o encerramento, com outorga dos diplomas e as despedidas que já me deixaram saudoso e com vontade de participar da próxima cavalgada.    

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