quarta-feira, 12 de setembro de 2018

RELATO DA VIAGEM DO CULTURANITA E DAS GUARDIÃS DE ANITA À ITALIA PARA PARTICIPAREM DAS HOMENAGENS AO 169º. ANIVERSARIO DA MORTE DE ANITA GARIBALDI


Adilcio Cadorin*

Caravana lagunense
Anualmente diversas cidades italianas homenageiam a memória de Anita Garibaldi, a lagunense Ana Maria de Jesus Ribeiro, considerada a “Mãe da Pátria Italiana”.  Neste ano de 2018, assim como em alguns anos anteriores, o CulturAnita – Instituto Cultural Anita Garibaldi, com sede em Laguna- SC, foi convidado para participar destes eventos, tendo organizado uma viagem com uma comitiva de lagunenses. O grupo viajou em 26 de julho e retornou dia 7 de agosto passado, sendo composto por Evandro Flora, Secretário Municipal de Turismo de Laguna; Adilcio Cadorin, Presidente do CulturAnita; Valdoni Marcon, maestro e musicista; Ivete Scopel, Diretora das Guardiãs de Anita, Vanderlei Luiz Scopel, fotógrafo e mais as guardiãs Nilcéia Lopes de Magalhaes, Vanere Pires da Rocha, Andréia Noal, Nora Cavalcanti, Marilda Mendes, Regina Medeiros, Simone Ramos e Eneida Canejo, bem como da visitante Denise Lago. 
Guardiãs em Veneza. Acima,  a Ponte dos Suspiros
Iniciando o roteiro das visitas agendadas pelo CulturAnita, tão logo chegaram em Roma, na manhã de 27, as Guardiãs e os demais integrantes da comitiva, foram recepcionadas pela Sra. Anita Garibaldi Jalet, tataraneta da Heroína.  O encontro aconteceu na Porta de San Pancrácio, junto à antiga e ainda remanescente parte da muralha que cercava Roma. No interior está localizada a sede da A.N.V.R.G. - Associazzione Nacionale Veterani Reducci Garibaldini, que é Presidida pela Sra. Anita Jallet.
Porta de San Pancrácio, que fazia parte da antiga muralha
que protegia Roma. Atualmente sede da A.N.V.R.G.
 O local foi onde aconteceram as mais sangrentas lutas durante o verão europeu de 1849, depois de Garibaldi ter invadido Roma e o Papa ter-se evadido, motivando a proclamação da  Republica Romana e colocando ponto final ao poder temporal que o Papa exercia sobre a Romagna e outras regiões.  Alguns meses após, nas lutas travadas para retomar Roma, o Exército Papal teve o apoio de cem mil soldados fornecidos pela França, Espanha e Áustria.  Mesmo estando grávida de seu quinto filho,  nestas lutas Anita demonstrou grande coragem e valentia, servindo de exemplo aos garibaldinos que mesmo sitiados, resistiram semanas lutando. Discordando do armistício feito pela liderança política da recém proclamada República Romana, Garibaldi optou por não aceitar o indulto que acordaram, decidindo continuar sua luta para unificar a Itália e expulsar os estrangeiros que a dominavam na sua quase totalidade territorial, e que contavam com o apoio do Papa. Na manhã do dia 4 de julho, Garibaldi convocou seus oficiais em frente a Porta de San Pancrácio, onde fez uma proclamação dissolvendo seu exército, mas exortando seus  liderados a continuarem lutando pela unificação italiana. Quatro mil e setecentos soldados o seguiram. Ao seu lado, montada em seu cavalo estava Anita, mesmo grávida, com sintomas de febre tifoide, contrariando Garibaldi, que exigia que ficasse em Roma para ser tratada e dar  luz a seu quinto filho. Estava iniciada a mais espetacular perseguição ao  exército garibaldino, fato histórico que passou a ser conhecido como  "A Trafila Garibaldina". 
Monumento à Anita no Monte Gianícolo, em
Roma, local de seu sétimo sepultamento
Da Porta de San Pancrácio, a comitiva lagunense foi visitar o Monumento à Anita Garibaldi, sob o qual foram sepultados os seus restos mortais, em seu sétimo sepultamento. Ali as Guardiãs  prestaram homenagem  à memória da Heroína depositando flores, entoando o Hino à Anita e prestando solene juramento de preservarem a sua memória e história. No dia seguinte a caravana foi recepcionada pelas autoridades de Sogliano Al Rubicone,  situada a nordeste de Roma, distante 350 quilômetros.  Sogliano, foi uma das muitas cidades que Anita e Garibaldi passaram durante a sua fuga de Roma, em direção a República de Veneza, onde pretendiam chegar para incorporarem-se àquele exército, que ainda resistia aos austríacos invasores. 
Autoridades de Sogliano Al Rubicone recepcionaram
a  caravana lagunense
Trata-se de
uma das cidades mais antigas da Itália, localizada às margens do Rio Rubicão, o mesmo que o Imperador Júlio Cesar atravessou com suas tropas em 10 de janeiro de 49 a.C., em perseguição a Pompeu, violando a lei romana da época que impedia os exércitos de atravessarem o Rubicão,  tornando inevitável o conflito armado que ao final o tornaria Imperador de Roma. Foi ali que Júlio César proferiu a famosa frase: alea jacta este (a sorte está lançada), motivo pelo qual a frase -atravessar o Rubicão - passou a ser usada para referir-se a qualquer pessoa que tome uma decisão arriscada de maneira irrevogável, sem volta. Em Sogliano as Guardiãs e comitiva foram recepcionadas pelas autoridades locais,  e por prefeitos e representantes das cidades de Verruchio, Comachio, Castrocarro Terme, Poggio Torriana, Borghi, Modigliana, Argenta, Dovadola, Cesenatico e  Ravenna, todas integrantes do projeto Una Rosa Per Anita.
Prefeitos da Região da Romagna
receberam as Guardiãs de Anita 
Após os discursos de saudação, seguiram-se trocas de bandeiras e homenagens, visitas aos locais por onde Anita passou, culminando à noite com uma apresentação das Guardiãs, que também foram homenageadas com peças musicais em praça pública

Na praça de Sogliano Al Rubicone,
 primeira apresentação das Guardiãs
 O dia seguinte foi dedicado a uma oficina de trabalho no Museu Renzi, na comuna de San Giovanni in Galilea, pertencente à Borghi,  onde seu Presidente Nevio Magnani e seu Diretor, Andrea Antonioli, expuseram à comitiva lagunense o projeto Una Rosa Per Anita, patrocinado pelo Instituto Técnico Garibaldi-Da Vinci, pelo Ministério dos Bens e Atividades Culturais e do Turismo da Itália, pela Secretaria de Estado da Instrução e da Cultura da República de San Marino, pelo Governo Regional da Provincia da Emilia Romagna, pela A.N.R.V.G, pela Fundação Museu do Ressurgimento de Bologna, pela Fundação Fundação Museu do Resurgimento de Ravenna e pela Associação Nacional das Armas da Cavalaria de Cesena, tendo ainda como partners a Federação das Cooperativas  da Província de Ravenna, o Touring Club Italiano, dentre outros.  Por proposição do CulturAnita,  ficou definido que deverá ser formada uma Comissão Internacional para  motivar e  preparar projetos para realiza-los no ano de 2021, quando será comemorado o Bicentenário de Nascimento de Anita Garibaldi, com eventos  a serem realizados nas cidades da Itália, do Brasil e Uruguai, que tenham relação com a vida e a história da Heroína. 
Diretores do Museu Renzi, Dott Andrea Antonolli e o
Presidente Névio Magnani receberam a Certidão de

 Nascimento de Anita  gravada em lâmina de aço. 
Ao final do evento, o Presidente do CulturAnita entregou ao Diretor do Museu Renzi um quadro contendo a certidão de nascimento de Ana Maria de Jesus Ribeiro - a Anita,  gravada em uma lâmina de aço, enfatizando que o fazia para “ser exposta e para que italianos saibam, definitivamente,  que a Mãe da Pátria Italiana é uma brasileira que nasceu em Laguna”. Dando sequência aos compromissos agendados, a convite do Consul da República de San Marino, a caravana do CulturAnita, esteve visitando a República de San Marino, onde  as guardiãs apresentaram-se durante as comemorações de mais  um aniversário da chegada e fuga de Garibaldi,  de Anita e de cerca de 400 soldados que estavam sendo perseguidos desde Roma pelo exército austríaco. 

No dia 31 de julho de 1849, para que os austríacos não invadissem a pequena, mas  independente Republica de San Marino que lhes havia abrigado,  Garibaldi negociou uma anistia e promoveu a dissolução de seu exército, obtendo um salvo conduto a todos que desejassem voltar às suas casas, desde que depusessem suas armas.  Entretanto, não desejando encerrar a luta por seu ideal, antes de amanhecer o dia primeiro dia de agosto,  Garibaldi  comunicou a seus oficiais que não iria depor sua espada porque somente sua morte o faria resistir de expulsar os estrangeiros e unir a Península Itálica sob uma só bandeira.  Ao tomar conhecimento da decisão de seu companheiro, Anita, que estava de cama, com febre alta e no sexto mês de sua quinta gravidez, fazendo um esforço incomum, ergueu-se da cama e nem mesmo Garibaldi a convenceu para ficar em San Marino para curar sua enfermidade. Era madrugada quando Anita, Garibaldi e seus seguidores, desceram os íngremes penhascos retilíneos de San Marino para dirigirem-se à cidade de Veneza.
Anita Garibaldi Jalet, tataraneta da
Heroína e o autor trocam informações.
 No topo da colina ao fundo está
 localizada a República de San Marino. 
    A partir deste ano, a República de San Marino passará a encenar a representação teatral deste heroico e histórico episódio no mesmo local onde os fatos aconteceram.
Antes desta encenação, as Guardiãs  foram distinguidas com convite para fazerem sua apresentação, cantando o Hino à Anita em italiano para centenas de turistas que pagaram o equivalente a 50 reais para assistirem o espetáculo. Ao final, foram aplaudidas pela tataraneta da Heroína, Sra.  Anita Garibaldi Jalet e ovacionadas pelo público com pedido de "biz",  culminando com a distribuição de material publicitário do CulturAnita e de Laguna.
Após apresentarem-se, Guardiãs confraternizaram
com atores da encenação da chegada e partida
 de Garibaldi e Anita de San Marino
Grupo de atores samarinenses que
representaram  Anita e Garibaldi em San Marino 
Acompanhado do Consul Mario Forcelini, o Secretario de Turismo de Laguna teve a oportunidade de conhecer a estrutura turística de San Marino e suas estratégias para atrair turistas de todo mundo.  Na sequência, a caravana lagunense esteve em Cesenático,  onde no cais de seu porto participaram dos eventos que relembraram a passagem de Anita  e de Garibaldi por esta cidade, de onde pretendiam, pelo mar, navegarem até  a República de Veneza. Perseguidos pelos austríacos, durante um mês, Garibaldi e Anita chegaram à Cesenático com ela bastante enferma, com febre muito alta que a fazia delirar. Após dominarem uma pequena guarda austríaca que vigiava o Porto, trocaram seus cavalos e equipamentos  por treze bragozzi, (pequenos barcos com grandes velas utilizados por pescadores), mas tiveram dificuldades para vencer a rebentação do mar que estava muito agitado. Vencendo as ondas com um barco menor ainda, que conduzia uma  âncora, Garibaldi a fundeou e retornou com uma corda a ela amarrada, pela qual tracionaram os bragozzi para além da rebentação, vencendo as perigosas ondas. Quando iniciaram navegar no alto mar, foram surpreendidos pela esquadra imperial da Áustria, que vigiava o Mar Adriatico. Bombardeados duramente os treze barcos, sobraram apenas dois que conseguiram ficar fora do alcance dos canhões inimigos, aportando numa praia pantanosa. Em uma destas duas embarcações,  estavam Garibaldi e Anita, mas dezenas de garibaldinos pereceram no mar atingidos pelos canhões austríacos. FOTO 3 Sem condiçôes físicas de caminhar, Garibaldi desembarcou Anita  carregando-a em seus braços pelo meio do pântano que os ajudou esconderem-se até chegarem em Mandriole.  Todos os anos, a cidade de Cesenático relembra a chegada e a partida de Anita e Garibaldi, encenando o episódio e homenageando os que perecerem  pela artilharia dos navios austríacos em pleno mar. Neste ano, do prédio da Prefeitura, partiu uma banda entoando hinos e marchas garibaldinas, puxando um desfile composto por atores que representavam Anita e Garibaldi, seguidos por dezenas de seus camisse rosse,  marinheiros,    carabinieris, guardas municipais e centenas de militantes garibaldinos da A.N.V.R.G. vestidos com fardamentos da época. Neste desfile, as  Guardiãs tiveram local de destaque. Quando chegou na frente da casa onde Anita foi alojada por poucas horas, o cortejo parou para colocar um  buquê de flores, tendo o Sindaco Matteo Gozzoli


Autoridades italianas entoam Hino da Italia
discursado enaltecendo a memória de Anita e dos que foram mortos, bem como agradeceu a presença do representante do Prefeito de Laguna e das Guardiãs de Anita,  recebendo de Evandro Flora um pergaminho com a imagem do Monumento à Anita existente em Laguna e livros sobre a história da Heroína e de Laguna. Convidado a falar em nome da delegação de Laguna,  tive o prazer de agradecer as homenagens prestadas à heroína lagunense, a receptividade à caravana lagunense, além de convidar as autoridades e o público presente para visitarem e conhecerem as belezas naturais da terra natal da Heroína. Logo após, regidas por  Valdoni Marcon, novamente as Guardiãs entoaram o Hino à Anita e o Hino do Imigrante Italiano, sendo entusiasticamente aplaudidas por um público superior a mil pessoas, a quem, na sequência, foram  distribuídos folders e material promocional. 
Retomado o desfile, as autoridades e integrantes do desfile embarcaram em treze bragozzi, com grandes velas desfraldadas, que foram seguidos pela população em dezenas de outros barcos, sendo um deles com a banda que, durante a navegação entoou marchas militares.  No alto mar, distante cerca de mil metros da costa, as embarcações formaram um círculo e ao som do Hino Italiano e de salvas de tiros dos militares, lembraram e homenagearam a memória dos garibaldinos mortos, jogando ao mar uma grande coroa de flores. 
População acompanhou os bragozzi em diversos
 barcos  homenageando os garibaldino mortos
  jogando uma  coroa de flores em alto mar
Terminada a cerimônia, a Prefeitura de Cesenático e a A.N.V.R.G. ofereceram um almoço, onde as guardiãs foram homenageadas com medalhas e livros sobre a história da cidade e a epopeia garibaldina. Por Silvio Monticelli e por Gianni Dalla Casa, representes e dirigentes da A.N.R.V.G., tivemos a honra de sermos homenageados com o título de Sócio Honorifico da Associazzione Nacionale  Reducci Veterani Garibaldini. Para reverenciar a data de morte e mais uma vez homenagear a memória de Anita Garibaldi, o CulturAnita e suas Guardiãs,  nos dia 3 e 4 de agosto estiveram em Ravenna participando de diversos eventos e homenagens promovidas pela Prefeitura  e pela Federação das Cooperativas da Província de Ravenna. Também visitaram os três primeiros locais onde Anita foi sepultada.

Guardiãs homenagearam Anita na Landa Pastorara,
 local de seu primeiro sepultamento. Em seguida ... 
Depois de recebidas no salão nobre da Prefeitura,  foram trocadas homenagens entre o Sindaco  di Ravenna, Sr. Michele Pascoale e seu Vice Eugenio Fusignani com nossa delegação. No encontro foram discutidos projetos para celebrarem diversos convênios entre Laguna e Ravenna na área econômica, turística e cultural.
 ... visitaram o local do segundo 
sepultamento  de Anita, no
 Cemitério de Santo Alberto
 em Mandriole. 
Logo após foram trocadas as bandeiras das duas cidades, simbolizando a preservação do gemelagio celebrado em 2002, que tornou as duas cidades irmãs.


As Guardiãs foram contempladas com livros que narram a história de Ravenna , enquanto que Laguna e o CulturAnita homenagearam as autoridades da cidade anfitriã entregando-lhes um pergaminho com a imagem do Monumento de Anita que existe em Laguna, além de livros sobre a biografia de Anita e a história de Laguna. Na sequência Evandro Flora participou de encontro com o Consul da República de San Marino, Sr. Mário Forcelini e com   Giantonio Mingozzi, Presidente do  TCR - Terminal de Containers de Ravenna  e com empresários da área portuária de Ravenna interessados em manter relações com empresários de Laguna para importarem pescados.
 Ainda em Ravenna o grupo esteve visitando o Capanno Garibaldi, onde Giusepe Garibaldi  escondeu-se na noite logo após a morte de Anita. Foram recepcionados pelos mantenedores da Societá Conservatrice Capanno Garibaldi e saudados por seu presidente Maurizio Mari. 
Capano Garibaldi e seus dirigentes em Ravenna.  
 Dando sequência à agenda de compromissos, na data de aniversário da morte de Anita, a comitiva participou das solenidades que aconteceram na Fatoria Guicioli, em Mandriole,  onde Anita faleceu em 4 de agosto de 1849. Hoje o local pertence à uma grande cooperativa agrícola italiana. Um público considerável, acompanhado pela Banda da Marinha Italiana com seus oficiais, por  carabinieris, por veteranos garibaldinos vestidos com seus fardamentos da época e autoridades civis, entoaram o Hino da Itália e hinos garibaldinos. Após nos ouviram discursar em nome dos lagunenses. Falando em italiano, agradecemos a receptividade, convidamos a todos para visitarem Laguna e concluímos  dizendo que "se estivesse viva, Anita estaria feliz em ver que a cidade onde nasceu e a cidade onde faleceu estarem  fortalecendo suas relações e desenvolvendo suas culturas e economias, tendo por legame o seu nome e os ideais republicanos que tanto defendeu e por eles imolou sua vida". Ato contínuo, falaram o Presidente da Confederação das Cooperativas da Província de Ravenna,  Sr. Lorenzo Cottognolli, a quem também entregamos uma certidão de nascimento da Heroína gravada em uma lâmina de aço inoxidável, com um pedido para que fosse "fixada acima da cama onde Anita faleceu  e para que todos saibam que a Mãe da Pátria Italiana é  uma lagunense".
Cama do quarto da Fatoria Guccioli, onde Anita faleceu 
Na sequência, no interior da casa onde respirou derradeiramente, no exato horário de sua morte, ás 19:45 horas, e diante das autoridades presentes, as Guardiãs, representadas por sua diretora Ivete Scopel, depositou um buque de flores sobre a histórica cama.

Em frente a casa onde Anita faleceu, encerrando a solenidade, as Guardiãs, acompanhadas por seu regente Valdoni Marcon e sua filarmônica, entoaram o Hino de Anita e o Hino do Imigrante, ambos cantados em italiano, arrancando aplausos e lágrimas dos presentes, sendo este o  ato oficial que  finalizou a longa agenda de compromissos que visaram estreitar o relacionamento e  desenvolver convênios entre cidades italianas e Laguna, além de perenizar a memória e a saga de Ana Maria de Jesus Ribeiro, a lagunense que se transformou em Anita Garibaldi, a Heroína e  Mãe da Pátria Italiana.


*ADILCIO  CADORIN é advogado militante em Laguna (SC), membro do IHGSC - Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e Presidente do CulturAnita.